El Salvador corta com Taiwan e estabelece relações diplomáticas com RPC
El Salvador estabeleceu laços diplomáticos com a República Popular da China, numa derrota para Taiwan, que conta agora com 17 países aliados.
São 17 os países que mantêm laços diplomáticos com Taiwan. El Salvador foi a terceira nação a romper relações diplomáticas com a ilha em 2018, pondo termo a 58 anos de aliança.
Num documento assinado ontem pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de El Salvador e da República Popular da China, aquele país da América Central comprometeu-se a reconhecer uma só China.
Na ocasião, o representante salvadorenho, Carlos Castañeda, referiu que a decisão de estabelecer relações diplomáticas com Pequim foi tomada com vista a “elevar o nível de vida da população”. Palavras que foram ao encontro do discurso televisivo do presidente do país, Salvador Sánchez, que defendeu “oportunidades extraordinárias” nesta nova relação.
O ministro dos Negócios Estrangeiros taiwanês já condenou a decisão e revelou que o governo de San Salvador pediu um “enorme financiamento” para o desenvolvimento de uma estrutura portuária. Taiwan não cedeu. Por outro lado, Joseph Wu também acusou Pequim de isolar a ilha através da atribuição de incentivos financeiros aos aliados de Taipé.
Com a fundação da República Popular da China, em 1949, o antigo governo chinês refugiou-se em Taiwan, que se assume como República da China. Pequim, no entanto, considera a ilha uma província chinesa.
A América Latina e Caraíbas têm sido um importante bastião de apoio a Taiwan. É aí que estão localizados nove dos países que apoiam Taipé.