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Escolas chinesas retiram das bibliotecas livros “ilegais” e “inadequados”

July 10, 2020

Escolas chinesas retiram das bibliotecas livros “ilegais” e “inadequados”

Foto: stux (pixabay.com)

Pelo menos 30 províncias e municípios chineses já retiraram a literatura em causa das prateleiras das bibliotecas escolares.

O Ministério da Educação da China ordenou, em Outubro do ano passado, a retirada de livros “ilegais” e “inadequados” das bibliotecas das escolas básicas e secundárias do país. E neste período pós-covid-19, à medida que as escolas voltam a abrir as portas, a ordem começa a ser cumprida.
De acordo com a Rádio Televisão de Hong Kong, que cita uma notícia da agência Reuters, professores dos estabelecimentos de ensino de pelo menos 30 (de um total de 33) províncias e municípios chineses já retiraram a literatura em causa das prateleiras das bibliotecas escolares.
Segundo a Reuters, a directiva do Ministério da Educação não especificou títulos, mas definiu literatura ilegal como aquela que “prejudica a unidade do país, a soberania ou o seu território; livros que ponham em causa a ordem social e prejudiquem a estabilidade da sociedade; livros que violem as orientações gerais e  políticas do Partido, manchem e difamem o Partido, os líderes e heróis do país”.
Os livros “inadequados” são aqueles que “não estão de acordo com os valores fundamentais socialistas; que têm visões do mundo e visões e valores da vida desviantes”. São também aqueles que “promovem doutrinas e princípios religiosos; promovem o nacionalismo tacanho e o racismo”.
Também em Hong Kong foram recentemente retiradas das bibliotecas públicas obras de activistas pró-democracia. Na sequência da entrada em vigor da lei de segurança nacional na região administrativa especial, o governo apelou às escolas e bibliotecas do território que reavaliassem livros e o material didáctico utilizados.


Pode ler aqui a notícia completa da Reuters.