O neerlandês que semeou o comunismo na Ásia
Quando Macau era “o último destino da esperança”
Primeiro protesto desde início da pandemia pede liberdade de imprensa em Macau (galeria)
Troca de sanções condena Acordo de Investimento UE-China, dizem peritos europeus
Mulheres que escrevem a História da China
Ai Kesen marcou os dois últimos golos na vitória fácil da China por 5-0 face às Maldivas mas para muitos adeptos chineses o momento de maior expectativa aconteceu ainda antes do apito inicial. Os olhos da nação estavam no estreante, a tentar descortinar se ele tinha ou não conseguido decorar a letra do hino.
Em “Elite Force for Peace”, o jogador treina com o Exército de Libertação do Povo Chinês para combater o terrorismo. Este foi o primeiro de uma série de jogos recheados de valores socialistas e temas patrióticos, lançados após um ano em que o regime chinês apertou ainda mais as malhas da censura a conteúdo suspeito de violar os valores socialistas.
Ainda ninguém ponderou que mundo teremos quando a maior potência económica e política – aquela cujo modelo de desenvolvimento é copiado por outros países e cuja cultura influencia milhares de milhões de pessoas – não for uma democracia capitalista como os Estados Unidos mas sim uma China autoritária.
O Ministério chinês da Cultura e Turismo anunciou que residentes de 47 cidades – incluindo a capital Pequim e o maior centro financeiro do país, Xangai – não podem mais visitar Taiwan em viagens individuais. Não é a primeira vez que a China utiliza o poder económico dos seus turistas em disputas diplomáticas.
Logo após o maior protesto de sempre em Hong Kong, com mais de um milhão de pessoas – segundo os organizadores –, a mais popular rede social chinesa, o WeChat, registou 32,4 milhões de buscas pelo termo “Hong Kong”, o triplo da semana anterior.
O regime comunista tem estado em alerta máximo com o aproximar do 30º aniversário do massacre de Tiananmen. Como forma de prevenção, vários activistas e dissidentes políticos foram detidos já na semana passada.
Na ânsia de controlar o espaço público, o regime comunista criou um vácuo de significado e espiritualidade na China que o desenvolvimento de uma sociedade de consumo rápido não conseguiu preencher.
Sobre os mecanismos lançados para apresentar denúncias, Vítor Quintã diz que é necessário reconquistar a confiança na tradição da petição: "Têm proliferado as 'prisões negras', centros extrajudiciais onde são detidos aqueles que chegam a Pequim para apresentar petições.
Como o sistema 996 (trabalho das nove da manhã às nove da noite, seis dias por semana), defendido pelo bilionário e fundador do império Alibaba, começa a ser contestado pela população chinesa.
Pequim anunciou a decisão de eliminar obstáculos e penalizações às mães solteiras da capital chinesa. Uma política que "esteve escondida durante três anos".
