SÉRIE CARACTERES: 好 (BOM)
Alguns consideram que, no desenho antigo, este carácter mostrava uma mulher que tinha nos seus braços um bebé recém-nascido, simbolizando de forma inequívoca um acontecimento positivo e agradável, portanto, “bom”.
Alguns consideram que, no desenho antigo, este carácter mostrava uma mulher que tinha nos seus braços um bebé recém-nascido, simbolizando de forma inequívoca um acontecimento positivo e agradável, portanto, “bom”.
Na escrita chinesa primitiva o carácter 立 lì figurava um homem de pé, com os braços abertos e as pernas afastadas, tendo os pés assentes numa linha horizontal, que representava o solo. Na versão actual do mesmo carácter, o essencial da ideia de um homem em pé é ainda reconhecível.
Há uma versão antiga do carácter 子 zǐ que representa um recém-nascido com uma cabeça grande, um corpo pequeno e os braços abertos. Outra versão, mais próxima da actual, simboliza um recém-nascido com os pés atados com tiras de pano, mantendo-se os braços abertos.
Nas suas versões mais antigas, este carácter representava uma mulher, ora numa postura de reverência, ora ajoelhada, em todo o caso sempre numa atitude subserviente, bem de acordo com o seu estatuto social durante grande parte da história da China.
O número oito pode ser dividido em duas porções de quatro; cada uma dessas porções pode ainda ser subdividida em duas de dois. É portanto a divisão por excelência, o número par por excelência. Foi provavelmente a pensar nisso que foi imaginado o carácter 八 bā, que numa fase inicial significava “dividir” ou “separar”. O desenho original (como ainda acontece, até certo ponto, na versão actual) sugeria alguma coisa que foi dividida em duas metades, como uma laranja partida ao meio.
入 rù significa “entrar”. Começou por representar a ponta de uma seta ou de um punhal, num desenho em “v” invertido. Um hieróglifo bem adequado para significar penetração, entrada.
大 dà (“grande”) e 小 xiǎo (“pequeno”) formam, em termos semânticos, um par inseparável. Os dois, às vezes com a ajuda do carácter 中 zhōng (para indicar uma condição ou um tamanho intermédios), usam-se para distinguir objectos ou situações basicamente da mesma natureza mas que se distinguem entre si pela dimensão ou o nível.
Nos tempos mais antigos 大 (dà) e 太 (tài) eram um único e mesmo carácter - 大 - significando homem, ser humano adulto (de onde deriva o seu significado actual de “grande”). Só a partir de certa altura começaram a diferenciar-se, passando 太 a significar “demasiado”, “excessivo”, “extremo”. O pequeno traço na base passou a sugerir a ideia de algo que vai uma bocado para além do que já é “grande”, ou seja, é “excessivo”.
Outro carácter que começou por representar uma figura humana é 天 tiān. Como 大 dà (grande), era a imagem de um homem em posição frontal, mas com a particularidade de ter a cabeça proeminente. Essa parte do corpo era representada por um quadrado, mas esse quadrado evoluiu para um traço horizontal.
Como já referimos, o desenho de muitos caracteres era originalmente baseado na representação estilizada de uma figura humana. Por exemplo, o carácter que significa “grande” representava um homem de pé, em posição frontal, com as pernas e os braços afastados.