O neerlandês que semeou o comunismo na Ásia
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Em tempos, os que sofriam de lepra “carregavam consigo o peso do anátema, intocáveis condenados à repulsa”, dizia António Augusto Menano, na edição de Janeiro de 1993 da revista MACAU. No território, os que dessa doença sofriam, viveram durante muitos anos confinados na Leprosaria de Ka-Ho.
No início do décimo oitavo dia da quinta lua, seguindo o calendário chinês, decorre um ritual no templo de Na Cha, entre as travessas de D. Quixote e de Sancho Pança, a que se chama “carimbadela no umbigo”. Trata-se de uma cerimónia “protectora e demonífuga”, conforme se lê num artigo de Cecília Jorge, publicado na edição de Junho de 1992 da revista MACAU.
Ung Vai Meng, Carlos Marreiros, Kwok Wun, Mio Pang Fei, Un Chi Iam e Victor Hugo Marreiros são hoje nomes sobejamente conhecidos na cena artística local. Mas há 28 anos, ainda a fama não ia tão alta, e os seis elementos, que faziam parte do Círculo dos Amigos da Cultura, apareciam numa reportagem, publicada na edição de Julho de 1989, na revista Macau.
Intitulada China em Construção, nascia em 1980 a versão em português de uma revista chinesa, de índole generalista, publicada em Pequim. Tratava-se então da única publicação na língua de Camões a circular no gigante asiático.
A escritora Ana Maria Amaro transcrevia na edição de Abril de 1988 da revista Macau um conto de tradição oral, intitulado “Tia Chencha”. E iniciava o seu relato com a seguinte descrição: “Naquele dia, o céu de chumbo pesava sobre Macau, prenunciando tufão. Bichos-nune voavam em desatino, sem se saber para onde iam, nem de onde vinham.
A 1 Fevereiro de 1988, a agência de notícias portuguesa Lusa abria uma delegação em Macau. Com uma equipa de sete jornalistas chineses e portugueses, o escritório situava-se na sobreloja de um edifício novo, paredes meias com a igreja de S. Domingos.
A Companhia de Cavalos de Macau passava a poder promover corridas a galope, além do trote, assinalando uma mudança que se esperava vir a combater os “milhares de prejuízos”.
Macau preparava-se para a entrada em funcionamento de uma central de incineração do lixo, passando a dispor de “uma das tecnologias mais avançadas no campo do tratamento dos resíduos sólidos”, lia-se na edição de Setembro/Outubro de 1987 da revista Macau.
Um século depois de ter desaparecido, a Marinha Portuguesa encomendou aos estaleiros de Coloane a construção de uma réplica de uma lorcha, lia-se na revista MACAU, em Julho de 1987, num artigo assinado por Fernando Marques.
A revista Macau lançava um glossário de patuá — dialeto de base portuguesa do território —, na edição de Junho de 1987, dedicando um espaço importante àquela que foi em tempos uma língua corrente entre a comunidade macaense
