Chen Ronghui, o fotógrafo que documenta os parques temáticos chineses
Os parques temáticos na China não são meros lugares de lazer. São uma espécie de barómetro da era em que vivemos. Para dar resposta às necessidades de entretenimento de uma classe média em ascensão, apostou-se na criação deste tipo de projectos turísticos. De acordo com a revista Forbes, em 2016 planeava-se a construção de 65 parques temáticos na China. O número tem vindo a crescer nos últimos anos, segundo o Relatório do Nível de Competitividade dos Parques Temáticos da China 2019, que salienta que este ano existiam pelo menos 92 estruturas de diversão na China com uma área superior a 2,5 km2 e um investimento que ultrapassa os 1500 milhões de yuan.
A diversidade de temas e a opulência destes megaprojectos, que atravessam séculos da história chinesa ou períodos marcantes da Europa e do mundo, levaram o fotógrafo Chen Ronghui 陈荣辉 a fazer a sua documentação.
Sobre o trabalho do artista chinês, a presidente do projecto online Photography of China, escreveu: “O discurso sobre os parques temáticos no contexto chinês tem duas facetas. Por um lado, o parque temático é um resultado complexo da modernização. A construção de parques temáticos é uma demonstração do progresso da comercialização de terras e da urbanização. Por outro lado, serve como representação do pós-modernismo, contribuindo para a confusão entre artes e o dia-a-dia.”
Estes parques ganham forma “como expressão física dos desejos da sociedade e redefinição do espaço”, acrescentou Marine Cabos.
Chen Ronghui, baseado em Xangai, começou uma carreira como fotógrafo depois de concluir a licenciatura em Jornalismo, dedicando-se sobretudo a temas ligados ao ambiente e à paisagem urbana chinesa.
A apresentação desta selecção de fotografias no EXTRAMUROS faz parte de uma colaboração com o Photography of China, plataforma que olha para a China de várias perspectivas e pela lente de diferentes fotógrafos.